Hipertensão: doença que mais mata no mundo!
A hipertensão é uma doença caracterizada por uma permanente elevação dos níveis da pressão arterial. Atualmente, no Brasil, estima-se que cerca de 30% dos habitantes têm essa condição, o que coloca a doença no posto da que mais mata no país. Ela pode ser causada por diversos fatores, inclusive hereditários e, embora possa ser muito grave, podendo gerar diversos transtornos, caso seja tratada, o paciente pode levar uma vida saudável.
Levando em consideração tais informações, este artigo se propõe a falar sobre a hipertensão, suas causas e tratamentos. Confira a seguir.
O que é hipertensão?
Como já mencionamos, a hipertensão é uma doença caracterizada pelo constante nível de pressão arterial acima de 140/90 mmHg — ou 14 por 9, em que o primeiro número diz respeito à pressão máxima, ou solística, correspondendo à contração do coração, e o segundo, à pressão do movimento de diástole, que acontece quando o coração relaxa. É importante salientar que tanto a hipertensão, quanto a hipotensão podem causar danos à saúde.
Trata-se de uma condição que, geralmente, não apresenta nenhum sintoma, podendo, caso não seja tratada, evoluir para alterações significativas em órgãos como coração, cérebro, rins e vasos sanguíneos.
Segundo o médico cardiologista Carlos Alberto Machado, a hipertensão é a principal causa de doenças cardiovasculares, como o infarto agudo no miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC), além de provocar doenças renais e mortes prematuras.
Porém, segundo Machado, o diagnóstico precoce e campanhas de prevenção à hipertensão podem ser cruciais para a redução da mortalidade.
Quais são as causas da hipertensão?
Uma pessoa pode adquirir hipertensão por uma série de fatores, não tendo um específico. Segundo Carlos Alberto Machado: “Na maioria das vezes ou sejam em 95%, não existe uma causa, por isso é chamada de hipertensão primária ou essencial. Em 5% dos casos tem uma doença de base que leva ao aumento da pressão arterial, com determinados tumores de supra renais (glândulas que temos em cima dos rins), coartação da aorta (estreitamento da aorta, arterial que sai do coração e leva o sangue para todo o corpo) estenose de arterial renal”.
Por que a hipertensão é a doença que mais mata no mundo?
Um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), junto com o Imperial College de Londres nos revelou um cenário preocupante da hipertensão pelo mundo.
Os índices apontam um crescimento de 650 milhões, no início da década de 90, para 1,2 bilhões de pessoas com pressão alta em 2019. Desse total, apenas 14% têm a pressão controlada. Isso acontece porque metade dessas pessoas sequer sabe que tem a doença e, portanto, não realiza o tratamento adequado.
Desse modo, por se tratar de uma doença silenciosa, ela pode permanecer sem ser detectada durante muito tempo, e isso acaba gerando uma lacuna no tratamento. De acordo com o estudo, cerca de 580 milhões de pessoas não sabiam que tinham a condição por falta de diagnóstico.
Desse total, 41% eram mulheres e 51% eram homens. Além disso, a análise também concluiu que mais da metade das pessoas que sabiam da doença não estava recebendo o tratamento adequado. Portanto, o desconhecimento sobre a condição, aliado ao tratamento inadequado, faz da hipertensão a doença que mais mata no planeta.
Qual a realidade brasileira?
A situação do Brasil não é diferente do restante do mundo, a prevalência é alta em torno de 30% da população adulta. Além disso, segundo várias publicações aproximadamente 20% dos hipertensos, diagnosticados e tratados tem a pressão arterial controlada.
Para Machado, o quadro poderia ser revertido por meio de políticas públicas, nos 3 níveis de gestão: municipal, estadual e federal. Tendo como prioridade o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e mudanças no estilo de vida dos brasileiros.
Quais são as principais consequências da hipertensão?
Como já foi mencionado, na maioria dos casos, os hipertensos não apresentam nenhum sintoma. Entretanto, alguns deles pode apresentar tontura, vista embaçada palpitações, dores de cabeça e zumbido no ouvido.
Essas sensações levam o paciente a procurar ajuda médica, já que é o indicativo de que algo não vai bem. No entanto, quando o indivíduo não busca orientação com um profissional, pode sentir na pele as consequências graves desse problema. Veja, abaixo, algumas delas:
Ataque cardíaco
A maioria dos casos de infarto está ligada à pressão alta, constituindo-se, portanto, uma das suas consequências mais graves. Ele ocorre quando existe uma cessação da circulação sanguínea em uma parte do coração, já que as artérias se contraem, ficando mais estreitas, o que acaba afetando o transporte do sangue.
Nesses casos, o paciente sente uma dor no peito ou uma espécie de desconforto, que pode se espalhar pelas costas, ombro e pescoço. A sensação se assemelha à de uma azia e pode vir acompanhada de outros sintomas como palidez, suor frio e falta de ar.
Acidente vascular cerebral (AVC)
Comumente chamado de AVC, o acidente vascular cerebral é a principal causa de morte no Brasil. Globalmente, é considerada a condição mais incapacitante – 70% das pessoas não conseguem retornar ao trabalho e 50% exigem que outras pessoas realizem suas atividades diárias.
Um acidente vascular cerebral ocorre quando o suprimento de sangue para o cérebro é interrompido, o que afeta a chegada de oxigênio e nutrientes nas células. Um vaso sanguíneo também pode se romper, levando a uma hemorragia cerebral. Esse tipo é chamado de AVC hemorrágico e está mais associado à pressão alta.
A pressão arterial afeta diretamente o fluxo sanguíneo para o cérebro, portanto, as pessoas com pressão alta são mais propensas a esse problema. Os principais sintomas são fraqueza e perda de sensibilidade em um lado do corpo, perda de visão, dificuldade para falar e alterações nos movimentos.
Insuficiência cardíaca
A insuficiência cardíaca é outro problema causado pela pressão alta. Isso ocorre porque o coração precisa trabalhar mais para bombear o sangue até as artérias mais rígidas e estreitas. Por afetar diretamente o músculo cardíaco, é considerada uma das principais causas de morte em pacientes hipertensos.
À medida que essa doença crônica progride, o sangue se acumula em outras partes do corpo, dificultando a oxidação das células. Os sintomas mais comuns são: fadiga, fraqueza, dificuldade para respirar, inflamação das extremidades, problemas de sono, entre outros.
Distúrbios nos rins
Os rins são os órgãos que, ao mesmo tempo em que afetam, são afetados pela pressão alta. Isso acontece porque o coração e os rins dependem um do outro para funcionar, e tudo o que ataca os vasos sanguíneos do coração também afeta os rins.
Acontece da seguinte forma: a pressão alta impacta as artérias renais, o que prejudica a capacidade excretora do órgão. Quando os rins são incapazes de remover o excesso de substâncias do sangue, aumenta a pressão arterial.
Qual o tratamento adequado para a hipertensão?
Como já foi dito, um tratamento adequado pode trazer bem-estar e longevidade ao paciente, que deve buscar um médico para ajudá-lo na adoção de novos hábitos, além de prescrever o medicamento ideal. Nesse sentido, a adoção de algumas medidas pode melhorar significativamente a saúde do paciente. Veja, abaixo, algumas delas:
- perda de peso: a pressão arterial alta tem uma ligação muito estreita com o sobrepeso, por isso se manter em forma é crucial para evitar esse problema, ou melhorar o quadro;
- alimentação saudável: uma alimentação diversificada, capaz de oferecer à pessoa os nutrientes necessários ajuda no emagrecimento e controle da pressão arterial;
- prática de exercícios: a prática de exercícios realizada cinco vezes na semana contribui para a redução dos níveis de estresse e colabora para o controle da pressão, que pode ser reduzida de 7 a 10 mmHg.
A hipertensão é uma doença que mais mata no mundo e isso acontece porque, na maioria dos casos, os sintomas não são evidentes. Além disso, o grande número de pessoas que apresenta a doença e não realiza o tratamento adequado também é alarmante e acaba gerando consequências graves para a saúde do paciente.
Contudo, o acompanhamento médico e a adoção de hábitos saudáveis pode melhorar a qualidade de vida do paciente, reduzindo drasticamente a sua mortalidade.
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